Adeus...

We<3It

Poderia essa ser mais uma carta, mas dessa vez não é, acredito que seja uma crônica, bem torta admito, mas uma crônica sobre partir. E mais uma vez me encontro com os pés na estrada e a bagagem na mão, por tantas vezes eu disse que iria embora sem nunca realmente ir. Quantas vezes eu disse que estava partindo ainda com a toalha sobre a cama e meus doces livros na estante só para me certificar que eu não iria. Quantas vezes arrumei as malas e você carinhosamente com lágrimas nos olhos me pedia para ficar, e eu ficava, afinal o coração ainda morava aqui e por mais que houvesse a necessidade de mudar e me renovar eu continuava sendo sempre a mesma, amadurecendo aos poucos, escrevendo os mesmo poemas para ninguém e criando textos dedicados sempre a você.

E tantos textos criei, tantas histórias inventei sem que você soubesse, fiz das lágrimas palavras e dos sorrisos lembranças escritas e eternas; então a alma aos poucos foi se expandindo até não ser mais capaz segurar, rompeu as barreiras e eu me permiti mudar, mudei de bairroe ganhei novo endereço; as  marcas "eternas" e as cicatrizes "incuraveis" estão sendo aos poucos apagadas para que novas marcas e novas cicatrizes possam ter lugar, e sem perceber eu fiz de você que até então era minha morada o meu lugar de passeio, sempre indo e vindo sem nunca avisar, sem compromisso e sem nunca realmente querendo ir ou ficar e nessa mudança as palavras tantas vezes ficaram só pra mim.

Agora eu vejo o horizonte a minha frente e minha alma que tanto mudou já não cabe aqui e dessa vez preciso ir, agradeço claro pelas tantas vezes que me segurou em seus braços, pelos dias que tanto me dediquei a ti, mas a brisa que bagunça meus cabelos e leva meu medo do desconhecido embora também me convida a seguir com ela e como sou pura essência aventureira embarco nessa nova aventura que esta a minha espera logo ali na minha porta. Por tantas vezes eu disse adeus sem nunca realmente partir e hoje que nada digo simplesmente me vou.

Palavras da Luna: Aos que acompanham minhas andanças no facebook provavelmente já sabe do meu novo canto e aqueles que ainda desconheciam essa informação agora está sendo oficialmente informado. É com um pesar porém com uma necessidade muito grande que digo que o Lua de Prata estará sendo oficialmente deletado. Por muitos anos eu me dediquei a vocês mas até do que me dediquei a minha própria vida, e não  somente a esse blog de texto, mas principalmente ao meu blog de resenhas. Porém agora me encontro numa nova fase da vida, não deixarei de escrever e tão pouco de resenhar, mas agora o faço por prazer e hobby e não por obrigação. Talvez muitos aqui não saibam mais estou em um momento tão dedicado a mim que gostaria de viver isso ao máximo, estou noiva, logo irei começar um novo curso e tem muito objetivo que quero tirar do papel. Aos meus fiéis leitores e seguidores peço que se direcionem ao meu novo blog  e espero que ele lhes seja tão agradável quanto me esta sendo cria-lo. E só pra constar não é um Adeus, estou apenas mudando.

Beijos e até a próxima Lua.

Nunca diga adeus, porque dizer adeus significa ir embora e ir embora significa esquecer. We<3It

Novo Ano...

We<3It

  Esse era pra ser o ultimo texto de 2015, acabou tornando-se o primeiro de 2016 porque até pouco tempo 2015 ainda estava em mim. Devo dizer meus caros que 2015 passou voando por meus olhos que mantive fechados durante grande parte do tempo que se foi e como todos os outros anos que passaram houve lágrimas e sorrisos, idas e vindas, retornos, recomeços, começos e fins. Lembro bem que nas primeiras horas de 2015 teve lágrimas em meus olhos e um coração despedaçado no peito, enquanto me desfazia de uma paixão e recomeçava a vida com um peito de espinhos e muros altos, mas a verdade que fica é que com um fim muitos começos se fizeram, a começar por mim que aos poucos me recriei e ainda me recrio... Refiz-me de novas expectativas, criei outras esperanças e parei de procurar amor em cada esquina, o amor estava em mim e isso me bastava. O sorriso aos poucos voltou a ser doce e as amizades logo se renovaram e assim despretensiosamente e sem esperar o amor de outro alguém fez de mim sua morada.

  Meu amor chegou de olhos claros, sorriso safado e parado numa mesa de bar, grande ironia do destino nunca gostei de bebidas e nem mesmo fui fã de pessoas que bebem, mas ali naquela mesa eu encontrei o amor que esperei um dia; os cabelos lisos constantemente bagunçados e o cavalheirismo ditando a alma, sempre suado com uma chuteira na mão e um sotaque do sul do estado gostoso de se ouvir, aos poucos fui descobrindo que o menino que me encantava já era um homem maduro, feito e pai, com marcas e traumas e um coração tão magoado quanto o que em meu peito estava e na dança da vida formamos um par, e eu que nem sei dançar arrisquei-me nessa valsa sem saber ao certo onde iriamos parar com uma ajuda mutua no cuidar e aqui estamos nos curando devagar. 2015 foi um ano em que mais ganhei do que perdi, aprendi a erguer a cabeça e a mostrar pra vida que sendo filha da noite o meu destino é querer brilhar.

  Despeço-me de um ótimo ano e recebo 2016 com a alma limpa, a aura viva e um coração a transbordar, sem expectativas pois aprendi da pior forma que quem muito espera, pouco tem e muito se decepciona e o que quero mesmo é ser surpreendida da melhor forma possível, com coisas boas é claro e realizações. Que esse ano que começou seja recheado de boas surpresas e emoções. Que o que ficou de 2015 permaneça por muitos anos pela frente, ao meu amor agradeço pela escolha de estar ao meu lado e devo dizer que em partes o ano que se foi tornou-se incrível por estar ao seu lado, peço paciencia pois sou apenas uma menina aprendendo a ser mulher, e lembre-se somos uma estranha junção que deu certo e que nas nossas diferenças somos estranhamente iguais.

Letras Ao Passado...

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  Olá pequena sombra do passado, desculpa se te assustei chegando assim tão de repente, mas é que deu essa necessidade tremenda de te contar que estou bem e dizer assim sem receio que sinto sua falta. Ainda lembro todas aquelas vezes em que fizemos planos, sonhamos e ousamos dizer que nada iria nos separar, como se o destino dependesse só de nós, mas as palavras foram levadas com o vento e nossos caminhos seguiram por veredas desconhecidas. Algumas vezes me permito acompanhar da tua vida na distância e me alegra a alma saber que tens conseguido realizar teus planos.

  Desculpa uma vez mais se não tenho muito para falar sobre mim, a não ser tudo aquilo que conheces tão bem. Continuo em muita coisa igual, em outras até ousei mudar; sabe o cabelo que outrora era castanho, pintei de rosa e aos poucos ele ficou roxo porém hoje ele já nem tem cor, continua o mesmo tanto na cor como nos cachos; o sorriso acredito que ainda seja o mesmo, ao menos dizem como você costumava dizer ser tão bonito, só que muitas vezes ele demonstra a tristeza que ainda carrego tão intrínseca na alma; os olhos ainda são castanhos, ainda demonstra a alma a diferença que há é somente as nuances de amadurecimento que surge as vezes no refletir do sol, já não sou tão menina, exceto pelo tamanho que ainda me faz como costumavas chamar carinhosamente "pequena", e aquele anseio de amor dos contos de fadas já não é tão vivido em mim, morreu junto com tantas outras coisas que deixei pra trás.

  Ainda não contenho as lágrimas que muitas vezes fluem fácil, é que a doçura ainda mora aqui mesmo que eu tente esconde-la. Sabe todos aqueles sonhos de menina que eu costumava contar, alguns eu deixe de mão, mas a arte de escrever, essa nunca quis me abandonar e tão pouco poderia já que realmente é a única coisa que de fato me contém e que conserva e conversa e transborda e alimenta tão bem a minha alma. Lembro da noite em que me destes a tua cama, teu ombro e teu colo para amparar minha dor e sinto saudades, não da dor que depois daquela teve tantas outras, mas do colo que depois daquele dia não tive mais. Lembro também da noite que ainda meninas, enterramos na sombra de uma mangueira uma caixa cheia de sonhos e lembro do juramento que quebrantou-se com o passar do tempo, por erros meus. Há sombra, como eu queria poder voltar no tempo e corrigir tantas vezes que errei com você, talvez concertando tantos erros eu ainda estivesse com o coração inteiro e você talvez ainda estivesse aqui.

  Outra vez encontro-me perdida nos pensamentos, viciosamente falando sobre mim, mas é que nunca fui muito boa em pedir desculpas, você sabe bem o orgulho que carrego no peito e até o quebrantei algumas vezes por você, não sei como te pedir desculpas pelos erros que cometi atropeladamente, pela distancia que não tentei enfrentar, pelas palavras que nunca ousei te dizer, pelas letras que tantas vezes não quis escrever. Não sei como estás agora, mas desejo que estejas bem. As outras sombras, algumas sei onde estão e aos poucos me permito estar perto o suficiente pra saber que estão bem, mas você não sei vestígios faz um ano, por tanto saiba que ainda espero um dia poder dizer que sinto muito. E realmente sinto. Fica bem e cuide-se, um dia voltaremos a ser o mesmo caminho.

Hello...

Antes de ler coloque a música para tocar e se possível esteja com a tradução na mente.

  Dezembro começou com um céu azul lá fora, porém cinza aos meus olhos. Eu nunca fui de rezar, mas naquela noite em prantos eu rezei baixinho enquanto um sentimento estranho cortava meu peito e me tirava o ar, e cada vez que lembrava teus olhos me sentia sem direção outra vez. Como poderia me acostumar ao vazio se a tua presença era o meu melhor estado? Revirei meus costumes, desfiz minhas manias, revesti-me das tuas escolhas e me banhei no teu ser, sem saber que o teu maior ensinamento para mim era aprender a viver só.

  Quando você chegou e começou a desfazer as malas eu avisei que era cedo pra tudo aquilo, mas você sorriu da minha insegurança e disse que ia ficar; quando mexeu nos meus discos , fez das minhas músicas as suas, revirou a bagunça do meu quarto e ocupou o outro lado da cama eu desfiz minhas defesas e acreditei quando você que era para sempre mesmo sabendo que o sempre nunca dura mais do que alguns dias.

  Com a mesma velocidade que chegou e fez morada, eu parti, como chuva de verão que não dura em noites de estrela. Sem dizer muitas palavras, com lágrimas atiradas nos olhos e um coração sem vida, naquela tarde de céu limpo abri a porta e fui embora juntamente com o vento que bagunçava meu quintal. Você foi a minha aposta mais alta e havia perdido, perdi você e a mim mesma ao mesmo tempo, como se perde as pontas do brinco. E mesmo com medo eu segui em frente.

  Já não vejo mais teus olhos claros, tão pouco o teu sorriso sem razão e tudo o que me resta são vislumbres das tuas asas. Você me ensinou muito do amor, ensinou-me a arriscar e acreditar, fez com que eu voltasse a viver, ajudou-me a aprender a caminhar com meus próprios pés. Guardarei as memórias, as noites de pizza e filme, o filme de terror no cinema naquela primeira que fomos juntos, dos sorvetes, das declarações, o pedido de casamento e o noivado que guardamos as fotos; guardarei o coração também e te levarei comigo por onde for, nada foi mentira, o sentimento não era mentira e tão pouco acabou, mas nem sempre podemos seguir juntos de quem amamos.

  E o que me restou essa noite foi teu perfume no colchão da cama, as fotos das viagens, a bagunça do meu coração que deixo na estante junto aos livros que você nunca quis conhecer.

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