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A vida é uma rodovia no melhor estilo montanha russa imprevisível,
são tantas curvas, tantos altos e baixos, tantas chegadas e partidas... Encontramos
tanta gente nessa caminhada que fazemos, algumas tão marcantes e importantes e
outras tão desprezíveis. Mas hoje, bem hoje eu não quero falar das pessoas
marcantes ou desprezíveis. Hoje eu quero falar das pessoas que mudam, das
pessoas que amam e mudam.
Chega um momento em que se acredita fielmente que não somos
capazes de amar, ou que amor é algo estranho e incompatível com nosso coração.
Mas a vida gosta de surpreender, e te faz amar, e te faz sentir todos os
sentimentos bons que o amor pode proporcionar, e você ama, e você se apega, e
você faz coisas que acreditava só ter em filmes e naqueles livros de romance
estilo Nicholas Sparks que você ficava sonhando acontecer contigo. Fica bobo e
ao mesmo tempo tolo. Então vêm os sonhos, as promessas, e aos poucos todo um
muro que foi construído ao redor do seu coração por pura proteção contra o mal
do amor acabado, se desfaz.
Mas as pessoas são tão estranhas quanto a vida é, são imprevisíveis
e insensíveis também. Então em uma manhã de sol que tinha tudo pra ser
perfeito, os pesadelos começam, as pessoas mudam, deixam de serem amorosas, carinhosas,
começam a surgir as lágrimas, o vazio, a insegurança, a incerteza e todos os
sentimentos negativos que o amor como doença tem na sua base de efeitos
adversos. E todos esses efeitos só são solucionados com a presença de quem
amamos, porque o amor desenvolve uma necessidade tão grande no nosso organismo
que não sei explicar.
Porém o amor também é um jogo de duas faces, você ama e nem
sempre é amado na mesma intensidade, então as pessoas se desentendem, procuram
motivos para brigar, o sentimento muda, o amor que não era amor vira um
sentimento qualquer e vão embora, mas os
sentimentos ficam e a dor também. Baseada nisso eu criei todo o meu arsenal de
antídotos contra o amor. Aprendi a me defender, a me desviar e me proteger. Por
muito tempo eu permaneci distante e intocada, mas agora as coisas mudaram e
tudo o que eu vi acontecer na minha infância, acontece comigo... Hoje eu vejo
os sentimentos mudarem, as pessoas deixarem de gostar e irem embora, mas eu,
bem eu fico aqui com todas as cicatrizes e dores. Tornei-me uma estrela morta que brilha apenas na ilusão dos olhos, que não reacende, que não vive, que não existe e que vai apagando diariamente a cada vez que recente toda a dor; uma pequena estrela que foi destinada a solidão de um céu negro ao seu redor, ao vazio de suas próprias palavras e ao frio dos seus papeis brancos.
Só que agora eu entendo porque as pessoas ainda assim
continuam caminhando; porque viver é mais forte do que qualquer dor que se possa
quebrar um coração, porque viver é baseado em esperança e esperança não se
quebra tão facilmente; porque viver é sustentado pelos sonhos e deixar de
sonhar é impossível. E é de esperanças e sonhos que eu vou vivendo, ou tentando, aos tropeços vou pegando os caminhos sem saber onde irei parar, apenas caminhando na esperança de um dia me reencontrar e brilhar.
"Ainda que digam que é de fé que se vive um homem, eu me desprendo de toda a fé que me destrói e me faz infeliz, e sobrevivo agarrada apenas na esperança de realizar um grande sonho" (Luna Amil)
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Libertar a mente e desprender os dedos...Mágica,talvez;escrever é um ato puro e inocente todos somos capazes,basta querer...
Se liberte e comente...
Viajar até a lua não é tão dificil =)